O brasileiro acordou para os investimentos, (opa!) não na quantidade e proporção que poderia ser, mas há uma movimentação diferente do que sempre vimos, e tem muita gente querendo começar a investir, mas não sabe como partir para esta etapa, não sabe por onde começar. O resultado disso é que muitos permanecem querendo, mas ainda não se mexeram, e, recentemente, uma pesquisa apontou que mais de 80% dos brasileiros que poupam, deixam o dinheiro na “queridinha”. Ou seja, 8 a cada 10 pessoas mantém as economias na poupança. Fazem isso por se sentirem mais seguras, e esquecem que a rentabilidade é muito baixa. Nas condições atuais, inexiste eu diria, uma vez que a taxa real (descontada a inflação) não permite um ganho efetivo, ou seja, o dinheiro na poupança não cresce efetivamente, uma vez que a inflação está à frente dos ganhos dela.
Mas eu volto um pouco, já que vejo muita gente querendo investir sem ter feito o dever de casa, sem ter uma reserva de emergência e já querendo partir para a renda variável, por exemplo, ou ignorando outro ponto de partida para começar a investir, que é dominar o seu orçamento, ou mesmo que não domine, mas que pelo menos gaste menos do que ganha, poupe de forma recorrente. É fundamental que você saiba o quanto exatamente você ganha, acredite, muitas pessoas não têm o controle disso, quanto gasta e com o que gasta. Com esse domínio, se torna possível otimizar essa realidade e potencializar as suas economias, tendo assim recursos para investir mais. Parece simples, mas vale ressaltar que 80% dos brasileiros não controlam as próprias finanças. Ou seja, sabem de algumas despesas fixas, como um condomínio, um plano de saúde, mensalidade da escola de um filho, mas relevam pequenas despesas do dia a dia, e por ignorar isso, começam a “perder a mão”, o controle das coisas, e claro, perdem oportunidades. Dominando o orçamento, você vai ter a vida financeira mais organizada e, assim, conseguir poupar mais, pois vai conseguir enxergar potenciais reduções, e com isso ter mais massa crítica para investir, tendo assim mais força no fermento que são os juros sob os seus investimentos.
Reduzir as despesas fixas e supérfluos é essencial, pois isso é o que engessa o orçamento. Lembrando que despesa fixa não é aquela que o valor é fixo todos os meses, mas aquela que vem todos os meses, mesmo que o valor varie. Reduzir aquilo que não é essencial, dá uma folga para que você tenha mais recursos para investir, repita esse mantra, o resultado vem e vai pavimentando o caminho no mundo dos investimentos, dando base.
Todo esse processo é envolvente. Uma vez que você sai da poupança e começa a conhecer um mundo de novas possibilidades, quer se envolver e avançar cada vez mais. Por isso, investir em conhecimento é importante. Estude, se aprofunde, leia, assista vídeos, escute podcasts e dedique tempo àquilo que faz sentido para você, não ache que é tarde ou cedo demais, jamais!
O ciclo de trabalhar mais para ter mais dinheiro pode deixar de fazer sentido quando você consegue organizar melhor as despesas, ampliar o conhecimento e, consequentemente, gerir melhor os seus recursos. Por outro lado, a falta de conhecimento faz com que você deixe o seu dinheiro boa parte do tempo na poupança ou, pasmem, até na conta corrente, ou em casa, acredite, muita gente guarda dinheiro em casa.
Quanto mais conhecimento, mais seguro você se sente! Por outro lado, a falta de conhecimento leva as pessoas à inércia, que por sua vez traz insegurança, e isso as deixa na poupança.
Aprenda para ter mais conhecimento, isso é libertador, te abre horizontes e possibilidades, o bem estar de entender o que o seu gerente do banco ou assessor de investimentos está oferecendo, ou pelo menos parte do que falam e, com isso, não estar no ponto zero desse universo, é bem motivador. Vale a pena já abrir uma conta na corretora. O seu banco, seja ele qual for, pode te oferecer oportunidades de investir. Mas, quando você conhece uma corretora, você abre esse leque de possibilidades e não fica limitado apenas ao que o seu gerente do banco oferece. Assim, você pode comparar as propostas e escolher aquela que faz mais sentido para o que buscas para o curto, médio e longo prazo, respeitando sempre o seu perfil e objetivos. E nesse caminho, você consegue entender as coisas melhor, conversar com quem está com você na jornada a fim de comparar, analisar a diferença entre os produtos, buscar resultados melhores, e fazer com o que o seu dinheiro trabalhe para você. Isso mesmo, o seu dinheiro vai se multiplicar e fazer mais dinheiro, e ver isso tudo acontecer te leva a um caminho sem volta, onde você vai buscar cada vez mais conhecimento, mais domínio de suas finanças, procurando estar firme em dois dos quatro pilares da vida financeira: poupar mais e investir melhor!