A velocidade das mudanças tem sido cada vez maior, e isso já não é novidade para ninguém. Certamente, o que trago aqui vai impactar de diferentes formas o nosso sistema financeiro. Estou falando do “open banking”, você já ouviu falar nesse termo?
Venho te dizer que vale se “antecipar” e continuar lendo aqui para que você fique por dentro de uma forma simples e direta. O sistema financeiro aberto promete trazer benefícios!
Podemos comparar a um grande espaço virtual, um shopping eu diria, de forma que você pode escolher o que mais lhe agrada, cada item em uma loja diferente, tal como o cartão de crédito numa instituição, a conta corrente numa outra e o seu financiamento numa terceira instituição, mas, para isso, não precisa fornecer uma enxurrada de informações a cada adesão.
É dessa forma que podemos fazer uma analogia ao “open banking” ou banco aberto numa tradução mais literal, visando trabalhar com um sistema financeiro aberto (open finance), que tem o Banco Central como responsável pela implantação em nosso país.
Essa é uma novidade, um formato que vem para mudar totalmente, revolucionar a forma de contratar produtos e serviços financeiros por aqui, inspirada num modelo já adotado em vários países. O Reino Unido foi pioneiro e implantou o “open banking” em 2018, mas a Austrália, Canadá, Cingapura, Índia, México, Rússia, Japão, Nova Zelândia e outros países já estão experienciando tudo isso.
Esse novo formato permite que os clientes autorizem o compartilhamento de seus dados com outras instituições que desejarem contratar determinado serviço ou produto, e até mesmo centralizar num só aplicativo (etapa posterior) a sua movimentação financeira em diferentes instituições, isso de forma segura e que deve facilitar a vida das pessoas e empresas.
O objetivo é aumentar a eficiência dos serviços e a competição, tendo em vista que em nosso país, apesar da grande crescente que podemos acompanhar de alguns anos pra cá, o mercado financeiro ainda é dominado pelas mesmas (e poucas) instituições.
Com o “open banking”, a comparação em relação aos juros e tomada de crédito, por exemplo, poderão ser mais facilmente realizadas, trazendo assim uma grande ferramenta para o cidadão. Isto é, menos custos, mais transparência e agilidade. Com mais facilidade e praticidade na escolha de produtos e serviços em diferentes instituições, o banco em que você tem conta precisará correr atrás de sua atenção, pois facilmente você pode aderir o serviço de uma outra opção que considerar melhor, isso também acirrará a concorrência, o que no geral costuma ser bastante positivo para o consumidor.
Vemos um cenário muito mais “open”, muito mais aberto, de forma que os bancos de diferentes portes, diferentes instituições financeiras e as fintechs (startups totalmente digitais que mesclam finanças e tecnologia), possam concorrer mais amplamente, inovar em relação à abordagem aos clientes.
Para que algumas coisas a título de oferecimento de produtos e serviços aconteça, será preciso que algumas instituições fechem parcerias, e aí vem a batalha em relação aos interesses entre elas. Mas, pela abertura do sistema, inevitavelmente o mercado deve abrir bastante em relação ao que temos hoje, mas claro, isso vai acontecer de forma gradativa, até porque tudo isso é dividido em fases, que devem evoluir pouco a pouco mesmo depois de a implantação oficial estar finalizada.
Vale destacar que o “open banking” não é um site ou aplicativo, não é um novo banco como muitos chegam a pensar, mas é uma padronização, sistematização de informações dos clientes, tudo isso feito de forma amplamente segura e com o propósito do que você viu acima.
Imagine o tempo que ganharemos ao comparar produtos e serviços de forma mais transparente e rápida! Que venha a revolução, mesmo que lentamente, o impacto e a mudança será irreversível.