Essa nova modalidade de pagamento, lançada no Brasil em novembro de 2020, já não é tão novidade assim. O que pode surpreender é que, apesar de ter relativamente pouco tempo de uso, o Pix já acumula números expressivos, que nos mostra que ele caiu na graça dos brasileiros.
Até julho, segundo dados do Banco Central, 93,7 milhões de pessoas físicas já haviam realizado alguma transação com Pix, que representa quase a metade da população brasileira. Um número realmente expressivo! E não para por aí: foram 886 milhões de operações, superando a soma de Ted e Doc, que são velhos conhecidos dos correntistas (esses chegaram a 115 milhões). A grande vantagem do Pix com relação às tradicionais Ted’s e Doc’s é a instantaneidade e a gratuidade para pessoas físicas, é de fato bem mais prático e econômico.
Todos esses números mostram que o Pix realmente veio para ficar, na verdade para dominar as formas de transações e pagamentos. Vários outros países usam formas instantâneas de pagamento há bastante tempo, como a China, por exemplo, que praticamente não circula dinheiro. Outros países como Suécia e Noruega, já deixaram de usar dinheiro físico. É fácil perceber no dia a dia que Pix está sendo muito bem aceito no Brasil e está presente na rotina dos mais diversos prestadores de serviços, estabelecimentos comerciais, entre amigos e familiares. Ele realmente torna as coisas mais ágeis! Segundo dados de uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com o Sebrae, mostra que a preferência pelo Pix é justificada para 83% dos usuários pela rapidez e a praticidade, seguido de evitar ou minimizar contato físico com máquinas e/ou pessoas (34%) e pela segurança (32%). Esse sistema é gratuito para pessoas físicas e para pequenas empresas, vantagem citada por 42% dos entrevistados.
Muito em breve, outros formatos vão incrementar o uso do Pix, um mundo de possibilidades: Pix Saque, Pix Troco e o Pix Agendado. Isso tudo deve acontecer já nos próximos meses, ainda neste segundo semestre de 2021. Mais adiante, também estão previstos o Pix por aproximação, o Pix off-line e o Pix Garantido. Vou explicar de forma simples cada um deles para que você fique por dentro dessa revolução.
Pix Saque: permite saques no caixa de estabelecimentos comerciais;
Pix Troco: o consumidor poderá fazer uma compra com um valor maior que o da transação e receber o troco em espécie do comerciante;
Pix Agendado: para pagamentos programados;
Pix por aproximação e o Pix off-line: sem necessidade de estar conectado à internet para usar;
Pix Garantido: vai viabilizar o pagamento parcelado.
Este último, o Pix Garantido, é uma das iniciativas que mais geram expectativa, pelo potencial que tem para substituir o cartão de crédito, que, por sua vez, é um dos instrumentos que até o momento passaram imunes à chegada do Pix. Essa solução poderá mexer com o setor e ganhar espaço e, aliás, tem esse nome porque, assim como o cartão de crédito, será um tipo de financiamento e precisará ter uma instituição garantidora por trás para viabilizar a transação.
O Banco Central ainda tem mais uma iniciativa esperada: o Pix internacional, para que seja possível realizar transações com o exterior. Essa modalidade ainda não tem previsão de lançamento, mas certamente ampliará a revolução do verdadeiro mundo Pix.
Claro, assim como o cartão de crédito e o dinheiro, o Pix também ficou visado pelos criminosos, inclusive eu trouxe na última semana algumas dicas para se proteger dos golpes e crimes ligados a ele, vale você ver no meu instagram @personalfinanceiro.
Aos poucos, fica cada vez mais claro que a popularização do Pix como um meio de transferências foi apenas o começo dessa revolução, que como vimos acima tem proporções enormes e certamente vai impactar ainda mais a dinâmica financeira das pessoas, das empresas e relações comerciais. Tudo isso vai acontecer de forma muito rápida entre esse e o próximo ano, e você já por dentro de toda essa revolução.