Revolução: entenda tudo o que importa sobre o PIX

Venho falando desse tema há algum tempo, mas agora, em fase de cadastro e a poucos dias de estrear, o PIX está forte na mídia e nas redes sociais, na boca do povo, e é isso que eu trago para você aqui, no detalhe.

O PIX é uma nova forma de pagamento instantânea que está nascendo, inovadora (pelo menos por aqui) e de fato prática, dinâmica. O PIX vai além, não serve apenas para pagamentos, mas também para transferências instantâneas, a transação deve ser concluída em até dez segundos e funciona 24 / 7 / 365, isto é, 24 horas por dia, nos 7 dias da semana e nos 365 dias do ano.

O nome PIX vem de Pagamento Instantâneo, e o X remete ao que vai de um lado para o outro, dinâmico, multiplicador. Menor custo, maior rapidez e conveniência em relação à praticidade e sem limite de dia e hora. De cara, imagine a economia para quem faz uma TED avulsa, que custa cerca de R$ 10, e na média, considerando que a mesma está incluída em alguns pacotes, sai R$ 5 para o cliente. Para a instituição financeira por sua vez, foi apurado que ela custa cerca de R$ 0,06 para o banco. A margem é boa, absurda hein? E o PIX custa para o banco R$ 0,01 a cada dez PIX.

Ele será gratuito para a pessoa física, o que vai reduzir as despesas financeiras de muita gente que paga TED e muitas vezes nem percebe, por sua vez, a PJ (pessoa jurídica) terá uma taxa para o PIX, provavelmente bem mais barata que as de TED/DOC.

Sim, o PIX veio para aposentar a TED e o DOC, que estão fadados ao desuso tal como hoje acontece com o talão de cheque, mas esse processo vai levar algum tempo. Para alguns, isso pode ser ruim, já não vai poder dar aquela desculpa de que “a hora da TED já passou e que amanhã transfere” empurrando com a barriga as obrigações. É, tem disso, mas agora essa história muda.

O Banco Central que é o administrador e está à frente do PIX, garante que ele é extremamente seguro e de alta tecnologia, e foi de lá mesmo que partiu a proibição do sistema de pagamento que o aplicativo WhatsApp estava para iniciar no Brasil há poucos meses. Escutam-se diferentes versões que na essência não vale discutir aqui, mas com a chegada do PIX que já estava prevista desde o fato indicado, não resta muitas dúvidas dos motivos que levaram a tal decisão.

Quanto à segurança, para fazer o pagamento através do PIX, você precisa acessar a sua conta bancária. Então, se o seu celular for roubado, o uso do PIX só será possível se houver o acesso à senha de acesso/inicial do seu celular e também ao aplicativo do seu banco, nada diferente do que já temos nos dias de hoje, segue sendo importante da mesma forma se proteger, use senhas seguras.

A praticidade é realmente ímpar diante do que é mais usado hoje por aqui. A possibilidade de pagamento via QR Code, que é utilizada há tempo e em massa na China, só agora vamos começar a viver, lá é algo bastante comum e quem presta serviços tal como flanelinha, limpador de para-brisa e também os pedintes na rua já tem o seu QR Code. Além do QR Code, a tecnologia NFC (por aproximação) também poderá ser usada para o PIX.

É importante entender que você precisa de uma chave de endereçamento no PIX, o que vem para tornar a transação mais rápida e sem a necessidade de muitos dados, afinal eles já estão linkados com a sua chave, que pode ser através do seu CPF / CNPJ, e-mail, celular ou ainda uma chave aleatória, com números e letras.

A pessoa física pode ter até cinco chaves por conta e a pessoa jurídica pode ter até 20, porém você não pode repetir a mesma chave em dois bancos diferentes. Portanto, uma vez escolhido o CPF como chave do banco X, você não poderá ter o CPF também como chave no banco Y. Porém, caso seja do seu interesse, você poderá fazer a portabilidade de sua chave, de uma instituição para outra.

CPF você tem apenas um, telefone provavelmente também, então a chave aleatória ou através do e-mail, permite uma maior quantidade de chaves em diferentes instituições. Caso tenha mais de uma conta, pense bem antes de sair cadastrando as chaves, escolha qual você usará em cada banco.

Algumas pessoas me perguntaram em relação ao limite de valores para as transferências. Sim, existem limites, e você deve poder ajustar isso como se faz hoje com TED´s, saques e pagamentos. Por sua vez, não foi estabelecido um limite mínimo para uso do PIX, o que possibilita compras de pequenos valores, como por exemplo, uma pipoca ou água na rua.

O PIX funcionará apenas para transferências entre contas no Brasil, não pode transferir através dele para o exterior, assim como ainda não será possível de imediato transferir recursos para a sua conta na corretora através do PIX, inicialmente os envios ainda continuarão via TED. É possível pagar impostos através dele.

Ufa! Então, já não é necessário ter vários dados para fazer / receber uma transferência? Isso mesmo, basta a chave de identificação, e ao concluir a transferência você verá na tela o pedido de confirmação dos dados, nome, valor, etc.

Quanto às chaves, inicialmente, a aleatória me parece mesmo a mais segura, por inibir os dados, afinal, é melhor isso do que ter o seu CPF, telefone ou e-mail circulando por aí.

Sim, como você deve ter percebido, os bancos vão perder muito com a diminuição dos TED´s e DOC´s, e isso deve acontecer também em relação às maquininhas, pois os pagamentos no débito poderão ser feitos diretamente do cliente para o estabelecimento. Vai ser comum escutar a pergunta em relação à forma de pagamento que você deseja, se será em dinheiro, débito, crédito ou PIX.

Lembro que o PIX (PF) é gratuito e você pode usar quantas vezes quiser.

Com tudo esclarecido, é esperar pra ver e fazer acontecer, 16 de novembro o PIX começa a operar e certamente revolucionar essa dinâmica em nosso país.