Depois de décadas trabalhando duro, sempre muito regrada, dona Dulce procurou fazer reservas, de olho no futuro. Ao longo dos anos, sempre se considerou muito conservadora, acumulando suas economias sempre na poupança, com medo de outros produtos que a fizesse perder dinheiro, muito segura disso, e certa de que sua maior fonte de reservas para o futuro era o que guardava no mês a mês, sem se preocupar muito com o que poderia render no longo prazo se investisse em outros produtos.
É verdade que a vida financeira organizada de dona Dulce, contribua bastante nesse processo, pois ela tinha o hábito de poupar todo mês, e acontecia, naturalmente, porque ela sempre gastava menos do que ganhava, e isso já fazia com que estivesse sempre acumulando mais dinheiro.
E além de acumular mais a cada mês devido ao valor poupado, ela estava bastante feliz por ver que o seu dinheiro crescia com o rendimento da poupança, ela sempre achou isso incrível, e motivo de muito orgulho.
Porém podia ser melhor, mas dona Dulce, assim como muitos outros brasileiros que poupam, se dizem conservadores e por isso preferem deixar o dinheiro na poupança, para você ter ideia, hoje, mais de 22 mil brasileiros tem mais de 1 milhão na poupança. Imagina esse dinheiro investido em produtos mais adequados aos planos de cada um deles, vamos falar mais especificamente de dona Dulce, que tem mais de R$ 300 mil na poupança, e desse montante, a reserva de emergência necessária seria de R$ 60 mil, ou seja, ela poderia investir de forma bastante conservadora os outros 240 mil, e no momento, em alguns produtos que rendem mais que o dobro da poupança, e com a mesma segurança dela, porém alguns desses produtos precisariam deixar o valor “travado” pelo período de 1 ou 2 anos por exemplo, o que para ela está ok, ou seja, ela consegue sim ficar com uma boa parte desse valor sem liquidez imediata, e o prêmio por isso seria bem interessante, o retorno bem melhor, e certamente, com ela muito mais orgulhosa e tranquila para o futuro.
Observe bem, não é real quando dona Dulce, e não só ela, diz que é conservadora e por isso, o que poupa fica na poupança, a pessoa pode sim ser conservadora e ter por exemplo, até 10% de seus investimentos na renda variável, ou mesmo nada nesse tipo de investimento, porém, pode sim dentro de um perfil conservador ou ultraconservador, diversificar entre produtos indexados ao IPCA (inflação), prefixados (a rentabilidade não muda diante das mudanças do cenário econômico no período) ou ao CDI (principal indexador da renda fixa), e com isso ter uma carteira mais dinâmica que tire um melhor proveito dos diferentes momentos econômicos que o país atravessa.
E com o tempo, ainda bem, dona Dulce abriu a cabeça, depois de muita conversa, troca de ideias, simulações, insegurança, dúvidas e explicações, o seu filho Célio conseguiu convencê-la de sair da poupança, isso aconteceu há cerca de 1 ano, e ela não poderia estar mais satisfeita e claro, orgulhosa, pois o seu filho mostrou por A + B, comparando como teria sido o desempenho desse primeiro ano na poupança e como foi na carteira de investimentos que ela está, o desempenho obtido.
Se abrir ao novo, escutar, entender e experimentar aos poucos a democratização que o mercado financeiro traz pode ser surpreendente, se cerque de informações, pessoas e empresas de confiança, aja com cautela e tudo dentro do seu perfil e objetivos, que certamente você sairá tão orgulhoso quanto dona Dulce.
Abraço e até a próxima!